segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Último poema de A quem interessar possa


                          A Eterna Procura...
          
                      Procura-se:

O teu doce sorriso de criança
que eu vi naquela foto amarelecida.

Recompensa: Meu amor infinito...

sábado, 11 de agosto de 2012

10° Poema de A quem interessar

Atos de um amor sem fim

Ah o medo! Angustiante sentimento
que habita a alma do ser que ama
o coração inquieto queixa-se clama
E o medo?! O medo entorpece o pensamento.

Chora a alma em silencioso lamento,
e o coração do poeta triste declama
o medo, que sente de arder na chama,
que a todos causa mágoa e sofrimento.

Quando meus olhos verdes medrosos
vão de encontro aos teus castanhos olhos,
meu peito de esperança se enche.

Mas a angústia palpita-me, e preenche
minha existência de um estranho vazio.
Amo-te! Amo-te! Estou só e sinto frio...

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Simplesmente lindo!


O Beijo
       In Memoriam a Nelson Rodrigues

Com um sorriso asco inerte
Vestindo um espartilho negro
Dirigiu-se ao centro do salão
Ofertou as mãos à mulher de branco
Dançaram juntas a valsa vienense
Os corpos bailavam lépidos
Os olhares uniam-se lascivos
E então num ímpeto beijou-lhe a boca
Um beijo... de sagaz luxúria
Tétrico, lúbrico, sádico
Ferida de prazer e espanto
A mulher de branco caiu ao chão...

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

6° Poema de A quem interessar possa

Punk

Baila o Pogo! Baila o Pogo!
E a dança torna-se literalmente violenta
Baila o Pogo! Baila o Pogo!
Selvageria?!
Não! Apenas mais um ato da vida contemporânea
Saibam meus caros, que a violência atual
É a última forma de expressão humana

terça-feira, 7 de agosto de 2012

+ 1 poema de "A quem interessar possa"

Trilogia

Tu és um espectro
Teu espírito se foi
Nos teus olhos tristes
Vejo uma pureza quase infantil
Uma beleza que nunca antes vi
Enfatizada pela fisionomia pálida

Nos teus lábios encontrei
Teu veneno lisérgico
Eu que tanto quis curar tua amargura
E supliquei para que cuidasses de mim
Só tenho comigo
Mórbida solidão

Sangue destilado flui lentamente
Felicidade farmacêutica
Não me faz feliz
Consolo não tenho!
Esperança?! Seu nome já não ouço mais...
Liberte-me desta prisão!

O canto agonizante de todos os sofredores
Ecoa em ouvidos sensíveis,
E corações dilacerados por sentimento atroz
Buscam repouso na escuridão
Mas não encontram, pois como eu...
Pensam em ti...


Tu continuaras perdida
Sempre agindo assim
Acreditando que os nós cegos
Prenderão sua alma aqui
Como lançar sombras
Iluminará uma manhã?

Minhas lágrimas sangravam
Agora não caem mais
O corpo tremia e ardia em dor
Agora serenou
E tu como estás?
Espero sinceramente, que estejas bem...

Oh! flores despedaçadas por mãos vis
Folhas secas da desesperança
Não cultivais ódio
Não percam primaveras por vingança
Alimentai sim a piedade
Por essas tristes frágeis formas.

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

+ um poema

Emoção Incerta

Ah! Uma dor pungente meu peito dilacera
É a dor de uma angústia tênue intensa
O grito existencial da alma humana...

Quem dera nossas almas inda gritassem
E num ímpeto vazio assassinassem...
Todas as moléculas desse barro vil!

Quão tormentosas e tolas as divagações de minha
[mente
Cartas minhas insolentes endereçadas somente a
[mim...

Eu sei, que em toda vida persiste
Uma angústia atônita e triste
Que necessita expressar-se enfim...

Mas porque será que a vida tem de ser
[convulsa?
E o amor mais belo chegar ao fim?
E renascer...

Avassalador, impaciente, frenético! 
E, pois então sofrer... morrer, modificar-se...
[renascer

Tudo nessa vida é amor, angústia, dor intensa!
Medo, esperança, e por fim incerteza.

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Porrada Poética!

Lamentos Funéreos

No ritual funesto que enceno
Só uma coisa me comove
A elegia que compus
Para minha própria morte

Soturnamente caminho
Por ruas e cenários
Perdido sem saber para onde ir
Ou até sabendo só com medo de admitir

Seguir instintos e sentimentos
Ver beleza em uma tempestade
Será o segredo da felicidade?
Será sonho absurdo?

No mundo em que vivemos
Sonhos são flores despedaçadas
Esse é o canto da tristeza

Angústia deixai-me em paz! 
Que o medo morra!
Ou então desejo vá embora!

Grita! Grita! Gritai!
Pois só o grito de dor
Pode dar vida a tua alma

Oh nefasto feto podre!
Exterioriza em tua alma morta
A podridão de tua raça!

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Compre A quem interessar possa aqui mesmo pelo PagSeguro


Agora os leitores de todo o Brasil podem comprar o livro A quem interessar possa através do blog. Gostou de meus poemas publicados aqui no blog e quer conhecer os outros poetas? Compre o livro! Abaixo uma breve descrição da obra, e o link do pagseguro para você comprar de forma segura e confiável com frete já incluso. Desejo a todos uma leitura carregada da mais pura volúpia poética!     

VEBER, Henrique Martins et alii. A quem interessar possa. Ilustração Daiane de Ramos Irschlinger. Canoas: Edição do Autor, 2010, 64 p. il ISBN 978-85-911424-0-8
A quem interessar possa traz 42 poemas que tratam desde questões existenciais humanas, como de cotidianidades da vida de  seus jovens autores, André Luís de Paula Lima, Cristiano Kretzmann, Daiane Irschlinger e Henrique Veber, claro que permeadas por uma aura lírica tão comum a poesia, além de fazer denuncias sociais mordazes.
A quem interessar  possa apresenta pontos de intersecção entre a estética e pensamento de seus autores, mas sem deixar de salientar as diferenças primordiais que delimitam a personalidade poética e identitária dos autores. Com estilos de escrever bastante diferentes os quatro poetas deliciam os amantes da poesia com fazeres poéticos diversos, e oferecem aos não amantes do gênero uma oportunidade de vivenciar sem preconceitos este riquíssimo universo. 


3° Poema + ilustração de Daiane Irschlinger

O estranho
                   Para Tim Burton

De seu castelo sombrio e mórbido
Viu despontar na aurora um arco-íris de cores
Vida!Vida!Vida!
Nas asas de uma poesia estranha...
Garanto-lhes de que isso é vida!
Nas asas de uma poesia estranha...
Sorte e azar no jogo...
É difícil ser assim estranho
Mas na alameda colorida e verdejante
Sentia-se igual e único...
Igual, único, assustador... estranho!
Assim é a luz escura e mórbida
Nas asas de uma poesia estranha...

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

2° Poema

Nostalgia

Nostalgia... existe palavra mais bela?
Ah! Não venham criticar-me falsos poetas
Só porque faço versos sobre palavras
A poesia pode ser simples, mas é sincera!
E vós povo que guardais a voz de deus
Não questionais se minha temática não é...
Profunda, nem útil... nem polêmica
Movam-se todos rumo ao progresso!
O operário que constrói em silêncio o
[futuro da nação
O executivo que produz riqueza
O político, o líder comunitário e etc.
Deixai-me ficar a confeitar rimas de
[palavras tolas
Nos-tal-gia tão bela!

Reiniciando o blog do Realista Romântico



Apaguei todos as postagens antigas com poemas meus e matérias acerca do livro "A quem interessar possa", pois pretendo republicar de forma organizada os 12 poemas meus que fazem parte desta obra coletiva para melhor visualização de meus poemas dos leitores que os lêem em páginas e grupos do Facebook. Também pretendo em breve criar aqui um link para venda para quem quiser lê-los em versão impressa, e conhecer os poemas dos outros autores, e obviamente colaborar financeiramente com este modesto autor. Pretendo a partir de agora postar conteúdos de forma diária, ou quase diária, sejam todos bem vindos a esta morada da poesia e da arte. 

Vou postar um poema por dia, os 12 poemas publicados em A quem interessar possa, começando por um soneto:

 Balada dos excluídos

Quero cantar ao som do violão vagabundo
a intolerância e a incompreensão desse mundo
o meu último derradeiro infindo lamento
o grito louco de um torturante tormento

A voz rouca de quem nasceu do submundo
o canto gritado, desafinado, imundo,
de quem viveu a vida preocupado, atento
daquele que jurou e viveu do juramento

Porque importar-se com alto preço do pão,
do feijão, da cachaça, da calma, da vida?
Para eles não há nenhuma preocupação.

Enquanto minha voz tremidamente tímida
agoniza ao som do vagabundo violão,
a morte surge em seu manto preto ungida...

Sutil, desejada, amada, viva!