sexta-feira, 16 de dezembro de 2011
Film Socialisme o último filme de Jean-Luc Godard
Jean-Luc Godard nasceu em Paris em 3 de Dezembro de 1930, é um cineasta franco-suíço reconhecido por um cinema vanguardista e polêmico, que tomou como temas e assumiu como forma, de maneira original e quase sempre provocadora, os dilemas e perplexidades do século XX. Além disso, é também um dos principais nomes da "Nouvelle Vague"(Nova Onda), movimento estético do cinema francês, que se insere no movimento contestatário próprio dos anos sessenta. A expressão Nouvelle Vague foi lançada por Françoise Giroud, em 1958, na revista L’Express ao fazer referência a novos cineastas franceses. Sem grande apoio financeiro, os primeiros filmes conotados com esta expressão eram caracterizados pela juventude dos seus autores, unidos por uma vontade comum de transgredir as regras normalmente aceitas para o cinema mais comercial. Godard rodou seu primeiro longa em 1959, À bout de souffle (Acossado no Brasil), em que adotou inovações narrativas e filmou com a câmera na mão, rompendo uma regra até então inviolável, sendo este um dos primeiros filmes da Nouvelle Vague. Após virou icone do cinema de vanguarda com filmes como
Vivre sa vie (1962; Viver a vida), Bande à part (1964), Alphaville (1965), Pierrot le fou (1965; O demônio das 11 horas) e Week-end (1968; Week-end à francesa). O cinema de Godard nessa fase caracteriza-se pela mobilidade da câmera, pelos demorados planos-seqüências, pela montagem descontínua, pela improvisação e pela tentativa de carregar cada imagem com valores e informações contraditórios.
Após o movimento estudantil de maio de 1968, Godard criou o grupo de cinema Dziga Vertov — assim chamado em homenagem a um cineasta russo de vanguarda — e voltou-se para o cinema político. Pravda (1969) trata da invasão soviética da Tchecoslováquia; Le vent d'Est (1969; Vento do Oriente), com roteiro do líder estudantil Daniel Cohn-Bendit, desmistifica o western e Jusqu'à la victoire (1970; Até a vitória) enfatiza a guerrilha palestina.
Mais uma vez, Godard procurou inovar a estética cinematográfica com Passion (1982), reflexão sobre a pintura. Os filmes seguintes, como Prénom: Carmen (1983) e Je vous salue Marie (1984), provocaram polêmica e o último deles, irreverente em relação aos valores cristãos, esteve proibido no Brasil e em outros países.
Não comentarei mais acerca do filme para deixar aos espectadores que assistirem ao filme, a liberdade de tirarem suas próprias conclusões baseadas em sua própria experiência estética.
Bom filme! Aguardo seus comentários negativos ou positivos
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