terça-feira, 7 de agosto de 2012

+ 1 poema de "A quem interessar possa"

Trilogia

Tu és um espectro
Teu espírito se foi
Nos teus olhos tristes
Vejo uma pureza quase infantil
Uma beleza que nunca antes vi
Enfatizada pela fisionomia pálida

Nos teus lábios encontrei
Teu veneno lisérgico
Eu que tanto quis curar tua amargura
E supliquei para que cuidasses de mim
Só tenho comigo
Mórbida solidão

Sangue destilado flui lentamente
Felicidade farmacêutica
Não me faz feliz
Consolo não tenho!
Esperança?! Seu nome já não ouço mais...
Liberte-me desta prisão!

O canto agonizante de todos os sofredores
Ecoa em ouvidos sensíveis,
E corações dilacerados por sentimento atroz
Buscam repouso na escuridão
Mas não encontram, pois como eu...
Pensam em ti...


Tu continuaras perdida
Sempre agindo assim
Acreditando que os nós cegos
Prenderão sua alma aqui
Como lançar sombras
Iluminará uma manhã?

Minhas lágrimas sangravam
Agora não caem mais
O corpo tremia e ardia em dor
Agora serenou
E tu como estás?
Espero sinceramente, que estejas bem...

Oh! flores despedaçadas por mãos vis
Folhas secas da desesperança
Não cultivais ódio
Não percam primaveras por vingança
Alimentai sim a piedade
Por essas tristes frágeis formas.